31 de out. de 2013

Sonho Pesadelado

Era uma criatura repulsiva. Ela até parecia humana. Uma criatura humanoide pelada, sem genitais, seios, ou sequer um fio de cabelo. A criatura era magra, até esquelética, e tinha pele pálida como a morte, com veias saltadas e manchas vermelha espalhadas pelo corpo.
A criatura não tinha rosto, em vez disso tinha uma boca sem lábios com dentes de feno, e três grandes semiesferas brancas onde ficariam os olhos de um ser humano.
Quando encarei tal besta infernal, ela colocou sua magra e pálida mão esquerda na primeira semiesfera, à esquerda, e apertou...
Enquanto apertava, dela saía um rio nojento e pútrido de pus, cujo cheiro me nauseava, mas me atraía o olhar.
A semiesfera esvaziava-se do pus, até que apenas um fino fio se sangue pudesse sair pelo... órgão... murcho.
Dirigiu sua mão, então, para a segunda esfera, e, novamente, apertou-a.
Seu grito de dor ensurdeceu meus ouvidos na pior das agonias. Todas as piores coisas do mundo vieram do seu brado desesperado para a minha mente, e gritamos em uníssono.
Quando a criatura parou de gritar minha agonia continuou, mas ele foi civilizado o suficiente para esperar eu parar de gritar antes de ir para a próxima semiesfera. A qual também apertou.
Em volta dela, saiam lágrimas, lágrimas que escorriam pelo "rosto" da criatura, e encontravam o chão, e assim ficou, durante horas, e para ela eu olhei, durante todas elas, contando subconscientemente cada uma das gotas que acertava o chão...
... Até que dormi.
E sonhei que descrevia
A tal da criatura,
Pra quem ouvisse
A minha loucura.

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